segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tema 1: Nativos Digitais vs Imigrantes Digitais


Nesta primeira actividade, reflectindo acerca da temática citada e com base nos recursos de aprendizagem disponibilizados, pretende-se analisar e discutir as características de um estudante digital traçando o seu perfil.

Para introduzir a temática gostaria de partilhar o vídeo


@Recursos de Aprendizagem:

Prensky, M. (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology and how they do it. 1-14.
Prensky, M. (2001) Digital natives, digital immigrants. In On The Horizon (Vol9, nº 5). NCB University Press.
Residentes Vs Visitantes Digitais?!


O perfil do estudante digital, apresentado em grupo…





No jardim desta unidade curricular, Media Digitais e Socialização, as três rosas azuis concluíram o debate sobre o perfil do estudante digital.
Nesta etapa, é importante referir que:
  - o nosso percurso de aprendizagem se torna mais rico na colaboração;
  - desenvolvem-se competências sociais pela confluência de opiniões para uma meta comum;
  - se criam laços de companheirismo e aprende-se a convergir disponibilidades.


Disponibilizo o nosso trabalho final...



@Participação no fórum A1


A participação no fórum A1 centra-se no debate da temática referida acerca das ideias chave dos trabalhos apresentados individualmente e em grupo.


ü Partilho a reflexão acerca da questão:

"O contacto tardio com as tecnologias digitais impediu uma apropriação completa das suas funcionalidades." No caso do professor este trabalho envolve ainda a dificuldade e transpor a tecnologia para o uso pedagógico…..que esta além da apropriação das suas funcionalidades, mas sim a apropriação de uma cibercultura diferente das culturas geracionais e dos povo"
À semelhante do que já foi referido por alguns colegas, enquanto docente, discordo que o professor tenha ainda dificuldade em utilizar a tecnologia pedagogicamente. Actualmente, a maioria dos docentes utiliza-a nas suas práticas pedagógicas, quer seja na preparação de aulas, quer seja na comunicação e partilha entre colegas e familiares. Conheço casos, de docente que nasceram na ERA Pré-Tecnológica e que adaptaram-se facilmente a ERA Tecnológica quer por imposição da sociedade quer por interesse em progredir. Muitos utilizam diferentes recursos tecnológicos diariamente nas suas aulas, nomeadamente, o quadro interactivo, PowerPoint entre outras. Também, as editoras colaborativas com o ensino-aprendizagem, facilitam e incentivam os docentes a utilizarem recursos tecnológicos nas suas práticas diárias motivando e facilitando a aprendizagem dos estudantes digitais. Na minha opinião, os professores têm se esforçado para adaptar as suas práticas pedagógicas tal como refere Marc Prensky (2001), “ …instructors… are struggling to teach a population that speaks an entirely new language.”
Por outro lado, concordo com a opinião da Marina, quando se refere que ainda existem docentes que tentam resistir à utilização das TIC. No entanto, essa resistência deverá ser colmatada num futuro. Segundo, o ex Ministro da Educação, Roberto Carneiro, “Os professores devem abrir-se às novas tecnologias e introduzi-las nas suas práticas pedagógicas, para evitar um hiato entre a escola e os alunos”, referido na agência Lusa. Esta referência elucida a necessidade do professor em adaptar-se à nova realidade. Para auxiliar esta adaptação, em Portugal, está a ser implementado o plano tecnológico incluindo a certificação das competências digitais já adquiridas por alguns docentes em exercício de funções nos estabelecimentos da educação pré-escolar e dos ensinos básicos e secundário. Nos restantes casos, existe um plano nacional de formação de competências em TIC disponível para a aquisição de competências e posteriormente à sua certificação digital.
Para reflexão gostaria de mencionar, segundo Prensky, enquanto educadores nas metodologias utilizadas, será mais difícil aprender “coisas novas” ou aprender “novas maneiras” de aplicar as coisas velhas”?

ü  No decorrer da minha prestação, no fórum, surge a questão colocada pela professora Daniela:

segundo Prensky, enquanto educadores nas metodologias utilizadas, será mais difícil aprender “coisas novas” ou aprender “novas maneiras” de aplicar as coisas velhas”?  Gostaria de saber sua análise sobre o tema da convergência entre o realizado e o atual….para responder a esta pergunta.

ü Partilho a reflexão acerca desta questão:

Segundo Prensky, a questão mencionada causa alguma controvérsia de resposta pouco clara. Defende que se deveria inventar “coisas novas” mas não partindo do zero pois alguns materiais já foram adaptados (novas formas de ensinar os conteúdos previstos anteriormente) à linguagem dos Nativos Digitais e obtiveram o sucesso desejado. Também, defende que se deveria inventar, jogos de computador para todos os conteúdos leccionados, mesmo para os conteúdos mais importantes na aprendizagem, uma vez que é a linguagem mais conhecida para os estudantes nativos digitais.

Na minha opinião, aprender “coisas novas” e “novas maneiras” de aplicar coisas velhas, são complementares, no sentido que cria-se novas metodologias de ensino mas não se descora os objectivos e conteúdos programáticos impostos pelo novo ensino e utilizados no ensino convencional anteriormente. Na minha área e como referiu Prensky, já se está a concentrar as aprendizagens Matemáticas para o Futuro. Enquanto docente, já apliquei, nas minhas aulas, inúmeros jogos na prática dos conteúdos que pretendo abordar e o feedback é muito positivo. É notória a motivação dos alunos para a aprendizagem de conteúdos que da forma convencional se tornariam maçudos. No entanto, muitas vezes noto, que alguns alunos, apesar de terem nascido na Era Tecnológica, não conseguem verificar a aprendizagem subjacente ao jogo implementado. É importante após a implementação destas novas metodologias, sintetizar e reflectir quais os conteúdos e objectivos que foram apreendidos. Tal como refere a colega Clara, está comprovado que se aprende melhor através da motivação intrínseca dos alunos. E, eu enquanto docente privilegio essa estratégia, também, porque actualmente estão a ser criadas inúmeras ferramentas metodológicas dando primazia à preferência dos Nativos digitais tornando a aprendizagem mais célebre.
Na área pela qual desempenho funções, posso afirmar que está a ser criado novas maneiras de ensinar os conteúdos antigos utilizando novas metodologias e recursos não descorando a importância as matérias ensinadas antigamente. Recordo que o ano passado assisti a uma Formação, onde foi criado uma apliqueta multimédia, em formato de “jogo”, para ensinar a tabuada da multiplicação. Assim, é evidente a criação de novas maneiras de ensinar um conteúdo programático deveras antigo na linguagem dos nativos digitais.  Tal como refere Prensky, deverá ser discutido como utilizar as calculadoras e os computadores no mundo dos nativos digitais para ensinar os conceitos importantes na Matemática, como por exemplo, a multiplicação.
Finalizo a minha reflexão com, “if Digital Immigrant educators really want to reach Digital Natives – i.e. all their students – they will have to change”, Prensky 2001.

Participação em grupo no fórum A1


O grupo azul reuniu-se mais uma vez de volta do seu jardim, situado no Googledocs, para reflectir sobre a questão colocada: "Os professores são imigrantes ou visitantes digitais?"

"De acordo com Marc Prensky (2001), os professores pertencem a uma geração cujo interesse e interacção com as novas tecnologias se registou somente em idade adulta, logo, são considerados imigrantes digitais. Embora estes possam dominar, uns melhores que outros, alguns aspectos tecnológicos manterão o seu sotaque, seja imprimindo documentos para os editar ou telefonar a confirmar a recepção de um email.

Segundo Prensky, os professores, imigrantes digitais, ensinam como lhes foi ensinado: lentamente, passo a passo, um conteúdo de cada vez, individualmente e seriamente! Discordam que os estudantes digitais possam aprender com êxito através das tecnologias e defendem que a aprendizagem não deve ser divertida. Este ensino está desajustado aos seus alunos, nativos digitais.

David White (2009) defende um novo princípio: residente e visitante digital. Este princípio afasta a divisão por idades em que os conceitos de nativo e imigrante se fundamentavam. Além disso, está mais próximo da realidade actual, pois na internet 10 anosé muiiiito tempo!

Assim, segundo este princípio, o visitante tem uma atitude individual, meta-orientada e privada quando utiliza a internet. Vê a internet como um conjunto de ferramentas para alcançar um objectivo concreto. Por outro lado, o residente tem uma identidade online, a web é um prolongamento do seu espaço social e da sua aprendizagem.

Uma pessoa pode ser residente e visitante, dependo do contexto. Profissionalmente pode ser residente e utilizar a internet de forma visível, social e comunitária e, paralelamente, a nível pessoal usar a internet para fins concretos, sem nunca criar uma persona online.

Por isso, ao longo do nosso trabalho utilizámos as duas expressões: nativo/residente digital e imigrante/visitante digital. No nosso ponto de vista, as duas perspetivas completam-se e não considerámos que a divisão por data de nascimento fosse totalmente correta. Assim sendo, somos da opinião que alguns professores são imigrantes/visitantes e outros professores são nativos/residentes, dependendo da forma como utilizam as novas tecnologias profissionalmente.

Para um professor visitante a aprendizagem é entre o aluno, o conteúdo e o professor, não concebe a aprendizagem em rede. Não utiliza os espaços da web 2.0 como espaços pedagógicos.

Um professor residente conhece as vantagens do trabalho colaborativo, tem uma abordagem curricular assente em dinâmicas paralelas e aleatórias. Adapta e acelera as experiências de aprendizagem de acordo com as necessidades e caraterísticas dos seus alunos. Prolonga o espaço de aprendizagem na rede.

Mais do que uma divisão entre imigrante ou visitante, pensamos que os professores devem fazer um trabalho de reflexão para criar espaços de aprendizagem qualitativa. Esta reflexão deve contemplar:

1. Que tipo de professor sou?

2. Como aprendem os meus alunos?

3. Que actividades pedagógicas utilizar para motivar os alunos e “provocar” aprendizagens ativas, significativas e que se possam traduzir em competências válidas ao longo da vida?

4. Como adaptar/onde encaixar os conteúdos programáticos propostos, incluindo as motivações e paixões dos alunos?

5. Que formação me habilita a construir e selecionar materiais que permitam o dito Edutainment (Prensky 2001)?
6. Como avaliar os estudantes digitais?

7. Como criar novos instrumentos de avaliação que compreendam estas competências dos alunos?

Em suma, após esta reflexão o professor deve perceber que a tecnologia é um meio e não um fim em si. Deve transportar o mundo virtual para o contexto de aprendizagem formal, investir no trabalho colaborativo, na criação de espaços para o desenvolvimento das novas competências e criatividade. Por fim, partilhar e analisar as suas práticas pedagógicas com toda a comunidade educativa. Desta forma, irá promover um ensino aberto, dinâmico e exploratório contribuindo para um ensino de excelência e adaptado à realidade virtual."

O grupo azul: Ivone, Teresa e, Vitória

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